segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A ditadura da cidade grande















Será que a sociedade será mais feliz quando todas as árvores tiverem sido derrubadas?


Nos grandes centros urbanos, parece que o sinônimo de qualidade de vida é a quantidade de prédios levantados. Assim, para alcançar um "padrão ideal", as cidades em desenvolvimento sempre assemelham-se a um grande canteiro de obras. Isso é bom ou ruim?
Não coloco em xeque as melhorias que o advento da urbanização trouxe para a civilização; contudo, creio que o mundo dos homens entrou em um estágio de "canibalismo", onde a própria cidade se engole e regurgita problemas para os seus indivíduos (desigualdade social, falta de saneamento básico, transporte público imoral, dentre outros). Atualmente, os espaços verdes de cidades servem, aparentemente, mais para fechar uma lacuna paisagística do que conservar o meio ambiente.
Para exemplificar esse problema, em seguida, uma foto da Avenida Frei Serafim, em Teresina-PI, na década de 1950 e em 2010:

Foto 01: Avenida Frei Serafim, Teresina - PI, na década de 1950.
Fonte: Keyser Soze (2008).
 Não. As árvores dos canteiros e passeios NÃO servem para a manutenção do microclima e nem para tornar o ar mais respirável. Servem só para arrancar expressões da nossa boca, como: "ah, mas que rua linda... bem arborizada...". Infelizmente, a queda de braço entre centenas de árvores e milhares de motores a combustão aliados a inúmeras construções é bem desleal. Em microescala, o meio ambiente já desistiu de lutar POR NÓS, e nós ainda não percebemos que estamos enterrando nossa mãe natureza com nossos filhos e netos dentro da vala.

Foto 02: Avenida Frei Serafim em 2010.
Fonte: O Autor (2010).

Em um futuro não muito distante, a humanidade chegará em uma linha-limite que determina aonde podemos dar meia volta e repensar nosso padrão de evolução. Depende de todos que nossa vida seja mais florida, e não mais cimentada.

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