No debate que não está nem um pouco desgastado acerca do que é o espaço geográfico e quão avassaladora é a influência humana, me atrevo a estender nosso singular estudo para as estrelas.
Claro que, quando falo de espaço geográfico (objeto de estudo da Geografia) entende-se pelo cenário de interação homem-natureza, onde os eventos antrópicos acabam mostrando o passado, ilustrando o presente e definindo nosso futuro. Nós nos definimos, moldamos a natureza e por fim ela nos molda. Mas tudo isso nas amarras do nosso planeta.
Claro que, quando falo de espaço geográfico (objeto de estudo da Geografia) entende-se pelo cenário de interação homem-natureza, onde os eventos antrópicos acabam mostrando o passado, ilustrando o presente e definindo nosso futuro. Nós nos definimos, moldamos a natureza e por fim ela nos molda. Mas tudo isso nas amarras do nosso planeta.
Como docente sei que esse conceito demonstra o indefinível tamanho da "obrigação" que um estudante de Geografia vê em aprender "de tudo um pouco". Por si só, a imensidão de informações da Terra de hoje já assusta. Mas... imagina amanhã?
Como já explicou Milton Santos, o espaço geográfico é fruto de dois sistemas: um de objetos e outro de ações. É a natureza "selvagem" modificada pelo homem. Quando olhamos para cima das nossas cabeças, vemos os postes e seus fios, pedaços de pipas e ninhos de pássaros... e mesmo esse cenário limitado é uma infindável fonte de informações geográficas. Mas, entre esse emaranhado de fiações tem um céu... e depois do céu, o lixo espacial... e bem depois dele nossos planetas vizinhos... e saindo da nossa vizinhança tem alguns outros sem número de sóis com seus planetas (e olha que nem precisamos sair da nossa borda da galáxia).
Não sei se é só a cabeça de um geógrafo que sofre dessa mazela, mas às vezes me vem a seguinte pergunta: quantas "naturezas selvagens" existem por aí? Quantas, daqui a alguns anos estrelares, farão parte do nosso passado, presente e futuro?
Diante desse questionamento, justifico a criação desse espaço de diálogo como um exercício de estudo de outras vertentes, além das já conhecidas da nossa grande Geografia. Para esclarecer, não englobo o espaço sideral na esfera de influência direta do homem (e, portanto, do objeto de estudo da Geografia), mas trato-o como uma trilha não aberta, pronta para ser modificada e nos modificar.
Quer referenciar esse texto? CARVALHO, D. C. M. de. A Geografia e o universo? 2012. Homepage de internet. Disponível em: http://geoetudomais.blogspot.com
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